Audiência Pública coloca em debate a estiagem no RS
Ainda sem solucionar as perdas da estiagem passada, agricultores se veem novamente atingidos pelo fenômeno climático
A Assembleia Legislativa do RS, através de sua plataforma virtual, realiza na tarde desta quinta-feira (26) uma audiência pública para debater os efeitos da estiagem que vem afligindo a agricultura no RS, tanto no que se refere às perdas já consolidadas e as previsões climáticas que alertam para potenciais impactos ainda mais graves a partir do fenômeno La Niña na Safra 2020/2021. A atividade se dá através da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, a pedido dos deputados Zé Nunes, Edegar Pretto e Jéferson Fernandes.
Em notícia veiculada pela Agência de notícias da AL os deputados proponentes se manifestaram sobre o tema. Zé nunes relembrou que o estado passou por um severa estiagem que impactou a Safra 2019/2020, com perdas em vários cultivos, especialmente, nas lavouras de grãos. “Agora, quando inicia o plantio da Safra 2020/2021, novamente, temos informações que há deficiência de chuva, com atraso no plantio, que pode impactar a produção agrícola”, afirmou.
Pretto destaca as perdas já consolidadas neste momento e aponta para previsões pessimistas quanto ao possível agravamento da estiagem, situação que já vem sendo alertada há um bom tempo por meteorologistas, que associam a situação ao fenômeno “La Niña”. Para Pretto é necessário “discutir na audiência pública, os potenciais impactos, visto que a agricultura está na base da economia do Rio Grande do Sul”.
Já Fernandes acentua a inoperância do Governo do Estado, que somente neste momento se manifesta prometendo um plano emergencial contra a estiagem. “É uma vergonha o governo Leite afirmar agora que vai criar um plano emergencial quando pedimos este plano desde janeiro, numa das piores estiagens que o Estado já viveu” lamentou.
A audiência ocorre de forma virtual acontece nesta quinta-feira, 25/11, às 14h, podendo ser acompanhada pelas redes sociais da Assembleia Legislativa. Os proponentes esperam a participação da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Emater, Mapa, Ocergs, Unicafes, Fetraf, Fetag, Coceargs, Farsul, Famurs, Fecoagro, Aprosoja/RS.
Os efeitos da estiagem alcançam RS, SC, PR e já podem ser sentidos até mesmo no sul de MS.