24 de março de 2018

 

Personagem de seu tempo, Dom Oscar Romero, hoje também conhecido como São Romero da América, viveu e exerceu sua missão em seu país natal, El Salvador. Nesta data relembra-se os 38 anos de seu assassinato e evoca-se sua voz como um brado por justiça social e igualdade entre os homens e mulheres da América Latina.

– Abriu as portas das Igrejas para dar refúgio aos campesinos que fugiam da repressão. O povo o reconhecia como profeta e o chamava a ‘voz dos sem voz’ -, explica o Frei Wilson Zanatta, que escreveu um artigo publicado pelo Insitituto Padre Josimo relembrando passagens biográficas e e pensamentos de Dom Romero.

Foi assassinado em 24 de março de 1980 na Capela do hospital Divina Providência em São Salvador, enquanto estava rezando a missa de um ano de falecimento de sua mãe. Zanatta explica que Dom Oscar foi assassinado pelo exercito Salvadorenho por defender e caminhar junto com o povo mais pobre das favelas e também com os camponeses.

Numa de suas reflexões assim falou: “Não nos cansemos de denunciar a idolatria da riqueza, que faz consentir a verdadeira grandeza do homem em TER e esquecer que a verdadeira grandeza é SER. Não vale o homem pelo que tem, e sim pelo que é” (04/11/1979). Em outra reflexão, alertou: “Quantos há que melhor seria se não falassem que são cristãos, porque não tem! Tem mais fé no seu dinheiro e em suas coisas que no Deus que construiu as coisas e o dinheiro” (03/061979).

Em 1997 Romero foi declarado “Servo de Deus” pelo papa João Paulo II. Em fevereiro de 2015 o papa Francisco aprovou o decreto de beatificação do arcebispo salvadorenho, reconhecendo-o como mártir. A solenidade de beatificação foi realizada no dia 23 de maio de 2015 na capital salvadorenha, com a participação estimada de cerca de 300 mil pessoas.

O artigo publicado pelo Frei Wilson Zanatta está disponível no site do Instituto Padre Josimo. Para acessar, basta CLICAR AQUI.